A adaptação como forma de negação
“Quem, pois, me confessar diante dos homens, eu também o confessarei diante do meu Pai que está nos céus. Mas aquele que me negar diante dos homens, eu também o negarei diante do meu Pai que está nos céus. – Mateus 10:32,33
As palavras de Jesus a respeito da confissão pública como uma confirmação de fé a Deus nos fazem refletir as formas sutis de negação e os riscos delas. Existe, em primeiro plano, a negação direta e exposta da existência de Deus e, consequentemente, da existência do Cristo. No entanto, mais perigosa que ela, é a adaptação do evangelho às ideias de cada um.
Na necessidade clara de se aproximar de um ser redentor sem querer deixar as práticas e os pensamentos atuais, aproxima-se a pessoa de Jesus a esse conjunto antropocêntrico de ver a vida, de maneira que Ele passa a ser retratado como gay, em representação à comunidade LGBTQIA+, Hippie, para liderar o movimento “paz e amor”, mulher, para “amenizar o patriarcalismo”, negro para combater o racismo.
Perceba como existe um movimento de “encurtamento de espaços” para que Jesus possa confessar os homens diante de Deus. Nesse entendimento, igrejas têm se contaminado a fim de promover e avalizar essas adaptações em maior escala, abandonando os exemplos de culto e de vida em comunidade relatados pela Bíblia. Lord Carey, Arcebispo da Igreja Anglicana de Cantuária, disse: “A Igreja da Inglaterra encontra-se a somente uma geração de sua extinção”. A conclusão dele aconteceu a partir do êxodo de jovens e adultos do cristianismo e de uma migração para o islamismo.
Se no cenário europeu, os ensinamentos enraizados e inegociáveis disseminados pelos muçulmanos geraram um crescimento de adeptos, a percepção de Carey não é restrita ao Velho Mundo. Ano após ano vemos uma inclinação para deturpar a fé apostólica, bíblica, que foi dada aos pais e aos apóstolos, e substituí-la por um conjunto de ensinamentos parecido, afinal, precisamos confessar Jesus para sermos confessados diante de Deus. Basta que flexibilizemos uma ordem aqui, um mandamento acolá e pronto: #somostodosdeCristo. Ou Ele seria capaz de negar alguém que está mais perto do que antes?
Soli Deo gloria
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